11/03/2013 | N° 3397 - Jornal Diário de Santa Maria
TRAGÉDIA NA KISS
Mutirão já atendeu 264
Ministério da Saúde quer monitorar envolvidos no incêndio por até 10 anos
A atividade aconteceu no Centro Integrado de Atenção às Vítimas de Acidente (Ciava) e dá início ao monitoramento, coordenado pelo Ministério da Saúde, e que pode se estender por até 10 anos. Um grupo de 280 pessoas, incluindo sobreviventes, socorristas, bombeiros e voluntários, agendou, pelo site do Ministério, a participação no mutirão. Até o final da tarde de ontem, 264 pessoas foram ao Husm procurar atendimento. Segundo a assessoria do Ministério, a expectativa é que até mil pessoas se dirijam ao hospital para receber assistência. O mutirão, em princípio, termina amanhã, mas o cadastro não tem data para acabar (veja ao lado).
‘O que é feito aqui é referência’, diz diretor da Força Nacional do SUS
Inicialmente, os pacientes passaram pelo acolhimento. Esse momento, como explica a diretora de enfermagem do Husm, Soeli Guerra, tem como finalidade obter informações sobre o estado do paciente, preencher um formulário e encaminhar para especialistas. Para melhor atender às pessoas, a cada duas horas foram agendados 30 atendimentos nas especialidades de pneumologia, neurologia, fisioterapia, fonoaudiologia e vias aéreas superiores. As demais especialidades estão sendo agendadas para os próximos dias.
O diretor técnico do Hospital Conceição e da Força Nacional do SUS, Neio Lúcio Pereira, informa que todos os dados obtidos nas atividades do Ciava, incluindo os atendimentos no mutirão, serão usados para estudos científicos.
– O que está sendo feito aqui é referência na área de saúde e pode ajudar a estabelecer protocolos para atendimentos em desastres – explica.
O mutirão foi organizado em conjunto pelo Ministério da Saúde, Husm, Grupo Hospitalar Conceição, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Secretaria Estadual de Saúde e secretariais municipais de Saúde de Santa Maria e de Porto Alegre.
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,38,4069766,21542
11/03/2013 | N° 3397 - Jornal Diário de Santa Maria
TRAGÉDIA NA KISS
Pacientes que não moram na cidade também vieram ao Husm
– Não sei se eu já tinha asma antes, ou se comecei a ter agora. Mas vou ter de usar bombinha – disse a jovem que estava na Kiss.
Apesar disso, o que mais preocupa Shelen é a visão alterada. No dia incêndio, ela enxergava vultos. Mesmo tendo usado bandagens, quando esteve internada no Hospital de Caridade, ela teme ter ficado algum problema na córnea. Nesta semana, Shelen receberá acompanhamento oftalmológico. Ela também fará fisioterapia duas vezes por semana.
Algumas pessoas de outras cidades do Estado procuraram atendimento em Santa Maria. É o caso de Anderson Donadello, 19 anos, que saiu de Bento Gonçalves, na Serra. Ele estava acompanhado do primo Tiago Canale, 18, que faz Agronomia na UFSM. Os dois foram encaminhados às áreas de pneumologia e fisioterapia. Como não apresentaram nenhuma alteração, retornarão em junho para novo acompanhamento.
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,38,4069767,21542
QUEM ATENDE:
Profissionais envolvidos no mutirão
Médicos – 20
Enfermeiros – 30
Fisioterapeutas – 4
Fonoaudiólogos – 4
Psicólogos – 5
Assistentes sociais – 3
Mais estudantes da área da saúde da UFSM
Fonte: Hospital Universitário de Santa Maria e http://www.clicrbs.com.br/pdf/14735109.pdf