19/02/2013 | N° 3380 - Diário de Santa Maria
OPINIÃO
Não recuse ajuda
Por que procurar a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra? Passadas mais de
três semanas de uma das maiores tragédias do Brasil, muitos dos
envolvidos direta ou indiretamente têm dificuldades de solicitar um
socorro mais específico, mais especializado. Com certeza, muitos
familiares e amigos têm insistido na procura por um acompanhamento
emocional por profissional da área. Quem sabe alguns até já foram a um
consultório, mas desistiram sem ter um motivo convincente.
Em que consistem estas resistências emocionais? Por que é mais fácil dizer: “não preciso, estou bem”? Voltamos a afirmar o que dizíamos no dia 6 de fevereiro, em nossa primeira coluna, que a premissa fundamental é ainda nossa individualidade, com nosso cortejo inconsciente e consciente, a nos indicar as opções que fazemos a cada instante.
Cada um de nós toma decisões dependendo das disposições internas. Poderemos usar de nossa racionalidade, nem tão comum, ou de nossas emoções, com as quais nos expressamos em todo momento, a maioria das vezes sem nos apercebermos delas.
Fugimos de nós mesmos, da nossa essência, do nosso self (eu), por que não fomos preparados, educados para realizar esta viagem ao interior de nosso “eu” mais profundo. Enfrentar nossos “fantasmas emocionais” é mais difícil do que se imagina.
Se este fato acontece em situações normais da nossa vida, imaginemos o quanto possa ser penoso em um momento de fragilidade como o vivenciado a partir de 27 de janeiro. Se você já apresentava um quadro de disfunção emocional, mesmo que estabilizado, esta é a hora de continuar o tratamento. Não subestime a ajuda! Mas, se é a primeira vez, decida logo, hoje e agora!
Se deixar para depois, poderá ser muito mais difícil “juntar os cacos”, arrumar a casa, a mente, equilibrar o caos emocional. Reflita se a sua decisão de melhora não poderá servir de exemplo a tantos que ainda têm esta resistência em buscar o socorro.
Sem culpas nem desculpas, busque ajuda pois, mesmo que não queiramos, a vida continua!
JOSÉ OTAVIO BINATO|MÉDICO DE ADOLESCENTES E TERAPEUTA DE FAMÍLIA
Em que consistem estas resistências emocionais? Por que é mais fácil dizer: “não preciso, estou bem”? Voltamos a afirmar o que dizíamos no dia 6 de fevereiro, em nossa primeira coluna, que a premissa fundamental é ainda nossa individualidade, com nosso cortejo inconsciente e consciente, a nos indicar as opções que fazemos a cada instante.
Cada um de nós toma decisões dependendo das disposições internas. Poderemos usar de nossa racionalidade, nem tão comum, ou de nossas emoções, com as quais nos expressamos em todo momento, a maioria das vezes sem nos apercebermos delas.
Fugimos de nós mesmos, da nossa essência, do nosso self (eu), por que não fomos preparados, educados para realizar esta viagem ao interior de nosso “eu” mais profundo. Enfrentar nossos “fantasmas emocionais” é mais difícil do que se imagina.
Se este fato acontece em situações normais da nossa vida, imaginemos o quanto possa ser penoso em um momento de fragilidade como o vivenciado a partir de 27 de janeiro. Se você já apresentava um quadro de disfunção emocional, mesmo que estabilizado, esta é a hora de continuar o tratamento. Não subestime a ajuda! Mas, se é a primeira vez, decida logo, hoje e agora!
Se deixar para depois, poderá ser muito mais difícil “juntar os cacos”, arrumar a casa, a mente, equilibrar o caos emocional. Reflita se a sua decisão de melhora não poderá servir de exemplo a tantos que ainda têm esta resistência em buscar o socorro.
Sem culpas nem desculpas, busque ajuda pois, mesmo que não queiramos, a vida continua!
JOSÉ OTAVIO BINATO|MÉDICO DE ADOLESCENTES E TERAPEUTA DE FAMÍLIA
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,38,4048647,21417
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por seu comentário!