sexta-feira, 8 de março de 2013

Associação precisa de voluntários

08/03/2013 | N° 3395 - Jornal Diário de Santa Maria

AJUDA

Associação precisa de voluntários

Psicólogos e psiquiatras são requisitados para visitas domiciliares

Lidar com o luto não é tarefa fácil. E quando ele está inserido em um contexto trágico como o da boate Kiss, especialistas garantem que a missão fica ainda mais difícil. E a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) está precisando de ajuda de profissionais voluntários da área de saúde mental para reforçar o auxílio a quem ainda está aprendendo a lidar com a dor. Na última quarta-feira, a entidade se reuniu com a prefeitura para solicitar ajuda. E este também será o assunto da reunião da associação na próxima segunda-feira, às 19h, na sede da entidade.

O presidente da associação, Adherbal Ferreira, explica que a principal preocupação, neste momento, está voltada para as famílias. A entidade precisa de voluntários que participem das visitas domiciliares.

– Queremos convocar voluntários para a associação para que ajudem as famílias que estão desesperadas. Vamos criar duas novas diretorias e precisamos de apoio – comenta.

A prefeitura e o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul dizem que todos que precisam de ajuda emocional devem se dirigir ao Centro de Acolhimento, no Caps da Borges de Medeiros. Aberto 24 horas, o centro já realizou 1.522 atendimentos, incluindo 713 individuais, 673 por telefone, 106 visitas domiciliares, 25 atendimentos a grupos familiares e cinco encaminhamentos para internação.

De acordo com a coordenadora do Plano Emergencial de Atenção Psicossocial às Vítimas da Tragédia, enfermeira Adriana Castro Rodrigues Krum, o grupo é formado por 25 servidores municipais e voluntários. Nos finais de semana, o Centro de Acolhimento recebe o reforço de profissionais vindos de Porto Alegre e de outras regiões. Do grupo, 60% atuam com acolhimento. As demais ajudam em outras frentes, como o Cuidando dos Cuidadores, com foco nos profissionais de saúde.

Para melhor atender, Adriana adianta que a Secretaria de Saúde abriu um edital para a contratação emergencial de 42 profissionais.

Tempo para o luto é diferente para cada pessoa

De acordo com dados dos Médicos sem Fronteiras, a estimativa é que 65% dos santa-marienses superaram o luto em 30 dias e outros 35% levarão mais tempo e precisarão de ajuda psicológica. Do grupo dos 35%, de 1% a 4% poderão desencadear algum processo psiquiátrico.

– Estamos fazendo tudo para que as pessoas não desenvolvam transtornos. Para isso, precisamos que as associações e entidades ofereçam acolhimento – comenta Adriana.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,38,4067330,21530 em 08 Mar 2013

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